João Monlevade e Região

Ruas de João Monlevade continuam cheias. Idosos são a maioria e município sente os primeiros sinais de gravidade

Algumas lojas já faliram e outras “passam o ponto”

Algumas prefeituras no Vale do Aço e em outras cidades de Minas, já adotaram medidas para enfrentar com segurança a crise da pandemia do coronavírus, inclusive, economicamente, decidindo manter os comércios abertos.

Belo Horizonte segue pelo mesmo caminho, onde moradores são obrigados a usar máscara nas ruas da cidade. Além disso, o acesso de clientes a estabelecimentos comerciais está restrito. As determinações foram feitas pelos gestores públicos, por meio de decreto publicado por prazo indeterminado.

O objetivo das medidas adotadas no decreto é minimizar a disseminação do contágio pelo novo coronavírus (Covid-19). O documento determina o uso de máscaras ou cobertura sobre o nariz e boca em todos os espaços públicos, como equipamentos de transporte público coletivo, estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços no município. Os donos das empresas comerciais estão proibidos permitir a entrada e a permanência de pessoas que não estiverem com a proteção.

A medida enfatiza que os comércios terão que manter cartazes na entrada dos estabelecimentos explicando o uso correto das máscaras, além de divulgar o número máximo de pessoas que podem ficar dentro do local.

Quanto à fiscalização das pessoas é de responsabilidade dos comerciantes donos dos estabelecimentos, que estão permitidos o funcionamento durante o isolamento social. No entanto, só um cliente a cada 13 metros quadrados.

Os proprietários foram orientados sobre o descumprimento do decreto, podendo perder o Alvará de Localização e o funcionamento da empresa suspenso.

Em João Monlevade, a prefeita Simone Moreira baixou um decreto, permitindo a permanência de alguns comércios abertos, seguimentos que trabalham com vendas de alimentos, remédios, bancos, laboratórios, casas lotéricas, oficinas e Correios. Quanto aos demais comércios, o fechamento foi exigido determinando que as pessoas permaneçam em suas casas, saindo em casos de necessidades.

Mas o decreto não tem sido respeitado pela maioria de pessoas, onde a desobediência prossegue, insistindo em desafiar a pandemia. Idosos, crianças acompanhadas de seus pais, gestantes e certamente pessoas com outros problemas de saúde, enfrentam filas em bancos, casa lotéricas, supermercados, praças, farmácias. Muitos são flagrados também fazendo caminhadas sem o uso de máscaras.

Dando destaque pela falta ausência dos agentes públicos do Setor de Fiscalização, da secretaria do Trabalho Social e da Vigilância Sanitária, estão os aos moradores de ruas. Eles permanecem, em grupos bebendo e até cozinhando em locais públicos e inapropriados, como o terreno em enfrente a Igreja católica de Carneirinhos. Outros se aglomeram para dormir na Praça do Povo. Bom salientar que O Celeste nada tem contra os moradores de rua. Todavia, é preciso uma atitude dos agentes com orientação para preservação das vidas nesse tempo de coronavírus.

Protesto e revolta

Inconformados com o numeroso quadro de pessoas na rua e com as lojas fechadas, alguns empreendedores decidiram manifestar silenciosamente, colando cartazes e faixas nas portas de suas lojas com o intuito de chamar atenção da gestora da cidade, Simone Moreira, que mantêm o decreto da quarentena. A manifestação é pela abertura segura dos estabelecimentos e com restrições de pessoas. Em alguns cartazes e faixas, o conjunto de palavras, afirma: “Geramos empregos e renda para cidade, o desemprego também mata e existem formas de se trabalhar responsável”. Já outros dizeres a afirmação diz: “O comércio parado está matando as empresas, mantemos diversos empregos para diversas famílias. Reabertura já. Queremos um projeto para os trabalhadores, o comércio está falindo, são milhares de empregos que estão acabando”. Por enquanto, pessoas aglomeradas nas ruas e comércio fechado. Algumas lojas na cidade faliram e outros pontos comerciais estão sendo repassados.

Nota da Prefeitura

A Prefeitura de João Monlevade realizará, a partir deste sábado, dia 18, abordagens a pedestres e comerciantes, orientando sobre a COVID-19 (coronavírus). Na tarde dessa sexta-feira, dia 17, cerca de 15 servidores públicos participaram de uma reunião de preparação para esse trabalho. A capacitação foi feita pela coordenadora da Vigilância em Saúde, Kátia Reis Guimarães, acompanhada pela fiscal sanitária da VISA, Maria das Graças Silva, e pela assessora de comunicação interina, Claira Ferreira. Durante a reunião, foram tomadas todas as medidas de segurança. Os funcionários aplicaram álcool gel nas mãos, usaram máscara e mantiveram distanciamento entre eles. 

Neste sábado, dia 18, os servidores estarão nas avenidas centrais, em Carneirinhos, e na região de comércio do bairro Cruzeiro Celeste fazendo um trabalho de conscientização e sensibilização da população sobre a importância de seguir as normas recomendadas pelo Ministério da Saúde como isolamento e distanciamento social e o uso de máscaras. Os funcionários estarão devidamente identificados.

Novos grupos de servidores também serão capacitados na próxima semana e implementarão essas ações em outras regiões da cidade onde houver maior aglomeração de pessoas. Os servidores serão cedidos por todas as secretarias, conforme a disponibilidade de cada uma.

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