A política tem de ser tratada como missão e não profissão
Daqui alguns meses começam a disputas eleitorais. Quinze cadeiras na Câmara Municipal, o cargo mais cobiçado da prefeitura, a cadeira do executivo e de vice, aguardaram pelos representantes que irão conduzir a cidade. O cenário segue assim: quem está no poder não quer sair e novos nomes aparecem como ameaças aos veteranos. Alguns, já não são representantes de ninguém, são políticos preocupados com si mesmos e com o dinheiro e regalias que ele oferece.
A classe carente, que vive anos em dificuldades, sempre foram os principais focos. Mas com o acesso aos veículos de comunicação impresso e o avanço da tecnologia, parece que as coisas não serão fácil como antes, ou seja, fazer o eleitor de bobo. Hoje a classe necessitada, que antes não sabia que em quatro anos um representante acumula quase R$ 500 mil reais, sabe com precisão.
O desespero em sair do poder tem levado candidatos ao desespero! Claro, daqui alguns dias, saberão de seus destinos: se continuam mamando na teta da vaca, ou se vão para a lua.
É tempo de análise sobre o quanto cada político já recebeu do povo e o que fizeram para merecer tanto dinheiro. Alguns com mais de dois e três mandatos adquiriram casas luxuosas, apartamentos, sítios, lojas, carros, fazendas e até se aposentaram.
Outros correm atrás da reeleição, com tempo de aposentar. O problema é que a maioria nem trabalham e alguns tiveram a cara de pau em comentar com amigos, que se perder a política nem sabe como viver.
Isso não seria uma falta de respeito com o povo? Principalmente aqueles que lutam em dificuldades e muitos até sem terem o que comer no dia a dia? E mais, quantos destes representantes aproveitaram o mandato, levando famílias para a praia diversas vezes e ainda postando fotos nas redes sociais, com mesa farta de comida e bebidas, enquanto em suas cidades, outras famílias vivendo às custas de doações e cestas básicas.
Outros, viajando até para o exterior e também postando fotos nas redes sociais. Fora aqueles que recebem dinheiro do povo monlevadenses com família morando em Belo Horizonte, e nos fins de semana e feriado, lá vai ele para a Capital Mineira. São abusos que precisam ser combatidos nas urnas.
Os dias destinados à realização das eleições representam um dos raros momentos em que todos se igualam, pois não há diferença de raça, sexo, condição financeira, classe ou grupo social, já que o valor do voto dado pertence a cada cidadão. Neste contexto, o povo, tem de começar a pensar. Daqui uns dias é hora de votar, hora de nova oportunidade. A política tem de ser tratada como missão e não profissão. Vereadores teriam de ter um trabalho, outra atividade e não pensar em viver só em função do dinheiro do povo. Do contrário, pouco se faz para os cidadãos depois de chegar ao poder.