João Monlevade e Região

Polícia Civil investiga denúncia de estupro em hospital de Itabira; médico é afastado

Conforme apuração dos fatos, a vítima teria sido uma mulher monlevadense de 52 anos

A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando uma denúncia de estupro que teria ocorrido em um hospital de Itabira. Conforme dados informados pela corporação, um inquérito já foi instaurado para apurar os fatos apresentados em um boletim de ocorrência, registrado na última sexta-feira (25). As investigações estão em andamento, e, até o momento, nenhuma pessoa foi conduzida à Delegacia. O caso está sob a responsabilidade da Delegacia de Polícia Civil de Itabira.

De acordo com as informações apuradas, a paciente de 52 anos, teria vindo da cidade de João Monlevade, para realização de uma consulta rotineira de oncologia com o médico. Ao entrar na sala foi surpreendida com a atitude do profissional que trancou a porta e a agarrou sem consentimento, pressionando-a contra uma das paredes da sala e cometeu o ato forçado.

Ao retornar para João Monlevade em estado de choque pelo ocorrido, a mulher teria sido questionada por sua filha de 19 anos sobre o seu estado de tristeza. Após relatar o acontecimento, a mulher e sua filha acionaram a Policia Militar através da 17ª Companhia Independente de João Monlevade, onde foram orientadas a fazer uma consulta ginecológica no hospital local, constatando o estupro. Em seguida, foi realizado um novo exame no hospital Carlos Chagas em Itabira, local designado para mulheres que sofrem este tipo de delito.

Após constatação do crime, militares iniciaram a busca pelo médico no hospital e em sua residência em Itabira, mas ele não foi encontrado. Em verificação ao sistema de monitoramento de câmeras do prédio onde reside o profissional, constataram que por volta das 18 horas, ele teria saído e segundo testemunha, médico teria dito que ia viajar sem dizer em qual data retornaria.

A reportagem do jornal O Celeste foi informada que o médico ocupa uma posição renomada no município de Itabira.

Posicionamento do hospital

O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), localizado em Itabira, emitiu uma nota na noite de segunda-feira (27) sobre uma acusação de abuso sexual envolvendo um de seus profissionais. De acordo com a denúncia, uma paciente oncológica, moradora de João Monlevade, relatou ter sido vítima de estupro durante atendimento no ambulatório da instituição e registrou um boletim de ocorrência.

Em resposta, o hospital afirmou que o profissional citado foi afastado de suas funções e que um processo administrativo foi instaurado para investigar internamente o caso. A instituição também esclareceu que, até a publicação da nota, não havia recebido oficialmente o boletim de ocorrência nem sido contatada pelas autoridades responsáveis.

Além disso, o hospital informou que notificará os conselhos profissionais competentes assim que a sindicância for concluída. O HNSD garantiu que seguirá colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos e que o atendimento aos pacientes oncológicos não será afetado. Para garantir a continuidade dos serviços, a instituição já iniciou o processo de contratação de um novo profissional e, em breve, comunicará oficialmente sobre a retomada das atividades.

Por fim, o hospital reafirmou seu compromisso com a ética, a segurança e o respeito aos pacientes, destacando que não tolera condutas inadequadas de seus profissionais e que todas as providências necessárias estão sendo adotadas para esclarecer o ocorrido.

Confira a nota do HNSD:

O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) vem a público manifestar repúdio quanto ao fato denunciado em reportagem publicada na imprensa, hoje, 27 de janeiro, envolvendo um profissional da instituição e tornar público e transparente o seu posicionamento, reforçando seu compromisso com a ética, a saúde e o cuidado com as pessoas.

De acordo com a matéria, no dia 25 de janeiro de 2025, uma paciente oncológica registrou um Boletim de Ocorrência, alegando ter sido vítima de estupro, durante atendimento no ambulatório do hospital.

Diante da gravidade da acusação, o HNSD, em respeito à população, a suas pacientes oncológicas, aos seus colaboradores e demais pacientes, esclarece que já foram tomadas as seguintes atitudes até que sejam averiguados os fatos:

  1. Afastamento do profissional: o prestador médico, supostamente envolvido no caso, foi imediatamente afastado de suas funções até que as investigações sejam concluídas.
  2. Colaboração com as autoridades: o HNSD está à disposição e vai cooperar integralmente com as autoridades competentes, fornecendo todas as informações necessárias para a apuração dos fatos.
  3. Apoio às pacientes oncológicas: nenhuma paciente terá seu atendimento prejudicado.
  4. Processo administrativo: medidas jurídicas estão em andamento para a abertura de um processo administrativo com o objetivo de alcançar a resolução do caso e garantir a notificação dos respectivos Conselhos.

Apesar do HNSD não ter sido procurado, ainda, pelas autoridades para esclarecimento e, tampouco, ter tido acesso ao Boletim de Ocorrência (até o momento de produção desta nota), a instituição determinou a SUSPENSÃO IMEDIATA dos atendimentos, consultas e cirurgias do referido profissional.

Importante ressaltar, também, que o hospital já está contratando um outro prestador médico para assumir os atendimentos, garantindo a assistência às pacientes que precisam ter seus tratamentos preservados. Em breve, o hospital irá informar em seus canais de comunicação, site, redes sociais e imprensa sobre o retorno das atividades.

O HNSD reitera seu compromisso com a ética, o respeito e a segurança de suas pacientes. A instituição deixa claro desta forma que não tolera qualquer conduta inadequada dos seus profissionais e assegura que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para a completa elucidação do ocorrido. O hospital não compactua com atitudes de qualquer natureza que possam causar dano aos seus pacientes. 

Estamos à disposição para esclarecimentos adicionais e manteremos a transparência durante todo o processo investigativo.

O jornal O Celeste se solidariza com a vítima e segue com o espaço aberto para esclarecimentos de ambas as partes.

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