João Monlevade e Região

DNIT limpa canal, troca manilhas e recupera parte da cratera na BR 381

Moradores ainda amarga com prejuízo de R$ 70 mil sofridos pela perda de móveis, eletrodomésticos. Além de infiltrações nas casas e falta de asfaltamento em uma parte da rua e limpeza do córrego

Foram muitos os registros feitos pelo jornal O Celeste sobre os prejuízos e o castigo provocado pelas chuvas às famílias residentes na Rua Bélgica, na região do Cruzeiro Celeste. Os moradores sempre foram excluídos de melhorias públicas, o que prevalece há mais de trinta anos. Uma parte do calçamento da rua foi realizado na gestão do ex-prefeito petista, Laércio Ribeiro, mas ficou sem término. 

Outros prefeitos assumiram o poder e não deram sequência. Não bastasse, por falta de iluminação precisa no início da rua – acesso a BR 381, sentido ao trevo – fica impossível transitar a noite. No local, além de ser totalmente escuro um dos postes de energia elétrica, ameaça cair podendo arrebentar grande parte da fiação de outros postes.  

Estes problemas foram registrados pelo O Celeste diversas vezes. No entanto, o quadro é o mesmo. A reportagem também tem acompanhado destes as enchentes anteriores, os alagamentos e consequências causadas pelas fortes tempestades, deste os anos de 1992 até 2020, fatos contidos em nossos registros. Cobrando das autoridades responsáveis – tanto as públicas quanto do departamento de estradas – ações emergências e de segurança para as famílias. 

Sobre os problemas

Antes das chuvas deste ano, cobranças da Cemig pela troca do poste e limpeza e manutenção do córrego, por parte da prefeitura, infelizmente, nada ocorreu.  

E mais uma vez, as chuvas colocaram em dificuldade as vidas das famílias que residem no local. Várias casas foram inundadas, alguns moradores perderam móveis, alimentos, roupas, sofrendo com um amargo prejuízo que ultrapassa mais de R$ 70 mil. Até então, nem um assunto sobre a reparação dos danos soou na cidade. 

Todo tipo de lixo e até animal morto foi encontrado jogado dentro do córrego. Toda sujeira que o córrego recebeu deveria seguir de maneira harmoniosa e descer pelas manilhas no canal, próximo a BR 381; isso não aconteceu. A lama, o volume de água e o lixo ficam alojados no início do córrego, retornando para dentro das casas. Tudo isso, em razão do entupimento das manilhas e pela falta de manutenção dos equipamentos pelos poderes. 

A prefeitura, em parceria com o DAE, fez a troca de algumas manilhas, mas, nada resolveu. Chegaram a quebrar com a sequência das chuvas. E plásticos foram usados para conter a queda do barranco que já ameaçava derrubar parte do trevo, na rotatória da BR.  

Mesmo com toda gravidade, levou meses para as autoridades do DNIT, poderem agir e olhar pelos habitantes. Foi preciso a cobrança constante da imprensa e pressão dos moradores para que a limpeza do canal, debaixo da 381, acontecesse, assim como a troca das manilhas. Um episódio de mais de 35 anos. A reportagem do jornal O Celeste compareceu ao local onde conversou com um funcionário do DNIT, questionando se o órgão daria continuidade da obra na Rua Bélgica. 

Sem muitas palavras, o funcionário disse que as trocas das manilhas foram realizadas e o canal foi limpo atingindo 10 metros abaixo a pista. Ainda segundo ele, “o maquinista estava acabando de fazer retirada da terra de um local, que pertence ao DNIT, para colocar no lugar antes destruído”. E sobre o asfalto e construção do passeio próximo ao asfalto, nada disse, afirmou que ficaria assim. 

Agora os moradores estão solicitando manutenção do córrego e construção de um muro de contenção na lateral do barranco, com intuito de conter as enxurradas que descem pelo canal.  

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