Cresce os números de desempregos em João Monlevade durante período de pandemia da COVID-19
Em relação ao mês de março, abril apresentou um aumento de 64% de requisições ao Seguro-Desemprego em João Monlevade
Em meio à crise do coronavírus, Minas Gerais é o segundo Estado com o maior número de seguro-desemprego na primeira quinzena de maio, com 53.105 solicitações, atrás de São Paulo, que teve maior número de pedidos, 149.289, afirmou o Boletim do Seguro – Desemprego, com dados da 1ª quinzena de maio, divulgado pelo Ministério da Economia.
Mediante ao boletim, no mesmo período em 2019, Minas contabilizava um total de 31.545 requerimentos ao Seguro-Desemprego, o que representou um aumento de cerca de 40%.
Ainda segundo dados do boletim do ministério no acumulado de 2020, referente ao Brasil, até a 1ª quinzena de maio, foram contabilizados 2.841.451 requerimentos ao Seguro-Desemprego, na modalidade trabalhador formal. Do total de requerimentos, 1.309.554 (46,1%) foram realizados via web, seja por meio do Portal Gov BR ou por meio da Carteira de Trabalho Digital.
Em relação ao mesmo período de 2019 foram contabilizados 2.592.387 requerimentos, dos quais 1,6% foram realizados via web. Em termos relativos, verificou-se um aumento de 9,6% no número total de requerimentos do acumulado do ano de 2019 para o acumulado do ano de 2020.
O Ministério vai divulgar atualizações dos números de forma quinzenal, considerando a intensidade do impacto do novo coronavírus no curto prazo. Segundo dados do Jornal O Tempo, o assessor da Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Luís Felipe Batista de Oliveira, admitiu que pode haver aumento dos pedidos de seguro-desemprego nas próximas quinzenas.
João Monlevade
Procurado pela equipe do Jornal O Celeste, o CAT/Sine informou que entre o período de 4 a 11 de maio, foram realizados 79 atendimentos presenciais referentes à requisição do Seguro-Desemprego. Entretanto, como, preferencialmente, o trabalhador deve requerer o benefício pela internet, devido às restrições da pandemia, a maioria das requisições foram feitas via web. Desta forma, o número total de requisições foi solicitado à Gerência Regional do Trabalho em Ipatinga/MG, pela equipe do ‘O Celeste’.
Por meio dos dados obtidos pelo Ministério do Trabalho, antes da pandemia da COVID-19, considerando o período do mês de março, contabilizou-se cerca de 272 requisições ao Seguro-Desemprego.
Entretanto, durante o período considerado como o de isolamento, a partir do mês de abril (conforme gráfico), período esse em que várias empresas permaneceram fechadas, foram contabilizadas 424 requisições ao Seguro-Desemprego, representando um aumento de aproximadamente 64%, em relação ao período anterior ao da pandemia.
Os últimos dados obtidos, referente à primeira quinzena de maio, contabilizam mais 256 novas solicitações ao Seguro-Desemprego.
Em 2019, durante a primeira quinzena de maio, o número de requisições ao Seguro-Desemprego foi de 165. Em relação ao mesmo período em 2020, houve um aumento de aproximadamente 64% nas requisições.
Caged e a Taxa de Desempregados em 2020
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia informa que identificou a falta de prestação das informações sobre admissões e demissões por parte das empresas, o que inviabilizou a consolidação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes aos meses de janeiro e fevereiro.
Trata-se de dados de envio obrigatório e de responsabilidade das empresas e que, na presença de subdeclaração, podem comprometer a qualidade do monitoramento do mercado de trabalho brasileiro.
Em nome da transparência e da qualidade da informação, o Ministério da Economia indica que as subdeclarações aqui mencionadas se concentram nos dados de desligamentos. Tal situação implica que o saldo de emprego formal, se divulgado, poderia apresentar valor superior ao que seria aferido se preenchido em conformidade. Somente em janeiro, verificou-se que ao menos 17 mil empresas deixaram de prestar informações ao eSocial relativas aos desligamentos realizados, o que representa 2,6% do total de empresas que tiveram movimentações no período.
No intuito de não comprometer o uso, o rigor metodológico e a qualidade dos dados do Caged, o Ministério da Economia, em esforço conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade, tem entrado em contato com as empresas para que retifiquem e reenviem os dados e tem expedido comunicados no portal do eSocial a fim de reforçar a importância do preenchimento das informações.
No entanto, o cenário de pandemia causada pela Covid-19 tem dificultado a autorregularização de parte das empresas.
Essas dificuldades resultam das recentes transformações na forma de relacionamento do governo federal e nos valores de desburocratização e simplificação do envio de informações em um único canal. Apenas no último semestre de 2019 foram substituídas quatro obrigações trabalhistas para simplificar o processo de transmissão de informações por parte das empresas: Caged, Relação Anual de Informações Sociais (Rais), carteira de trabalho e o livro de registros de empregados.
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho prima pela transparência e responsabilidade na divulgação de suas informações.
Assim sendo, a divulgação dos dados do Caged para os meses de janeiro e fevereiro está suspensa até a completa atualização das informações por parte das empresas.
Tão logo a situação voltar à normalidade e as empresas retomarem o envio completo das informações, ocorrerá ampla divulgação das estatísticas dos meses anteriores, como sempre ocorreu.
Esclarecemos, por fim, que esta situação não interfere no pedido e na concessão do seguro-desemprego aos trabalhadores que tenham perdido seus empregos. O acesso ao benefício pode ser todo feito de forma virtual, tanto pelo gov.br/trabalho quanto pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Com informações da Secretaria de Trabalho – Ministério da Economia